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ANDRÉ CHÉNIER
André Marie Chénier (Istambul, 30 de outubro de 1762 - Paris, 25 de julho de 1794) foi um poeta francês, associado com os eventos da Revolução Francesa, da qual foi vítima, tendo sido executado na guilhotina.
Era filho de um comerciante francês, Louis de Chénier, e de mãe grega, Elizabeth Lomaca. Passou parte de usa vida em Carcassone (Sul da França), e desde a adolescência traduziu poetas gregos e se entusiasmou pela poesia clássica.
Na França, frequentava círculos literários e salões aristocráticos. Foi secretário da embaixada Francesa em Londres (1787 a 1790). Participou inicialmente com entusiasmo, e mais tarde à distancia do movimento revolucionário. Foi autor do Jornal da Sociedade (journal de la societé) de 1789, que somou quinze edições. A partir de 1781 colaborou com seu amigo Michel Regnaud de Saint-Jean d' Angély no Jornal de Paris (journal de Paris), órgão constitucional, condenando os "excessos" da Revolução criticando em seus artigos Jacques Pierre Brissot e mais energicamente a Jean-Paul Marat e outros.
Preocupado com a sua segurança, saiu de Paris. Entretanto, recusou-se a emigrar, retornando a ela para tentar evitar a condenação de Luís XVI ao cadafalso.
Em 7 de março de 1794 foi preso. Envolvido em uma falsa conspiração que permitiu a execução de suspeitos sem audiência, foi condenado à morte pelo Tribunal Revolucionário sob a alegação de esconder "papéis do embaixador espanhol (antes da declaração de guerra entre os países)" – documentação que comprovaria a extensa corrupção deste junto da Assembleia, para livrar o Rei da execução. Executado em 25 de julho de 1794 (no calendário revolucionário, 7 thermidor) dois dias antes de Robespièrre. André Chénier foi enterrado em uma vala comum juntamente com outras milhares de vítimas do "Terror", no cemitério de Picpus em Paris.
Inspirou a ópera Andrea Chénier do compositor Umberto Giordano (1867-1948).
Biografia: wikipedia
REVISTA DE POESIA E CRÍTICA. Ano VI No. 8. Setembro 1982. Diretor responsável: José Jezer de Oliveira. Brasília: 1982.
Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos:
EPIGRAMA XIII
Às ondas, ó Neera, não te vás confiar,
por temor de ser deusa: — ou em borrasca austera
logo estarão os marinheiros a invocar
ou Galatéia a branca, ou a branca Neera.
FRAGMENTOS DE ELEGIAS -
XXIV
Sob a rocha sombria, em caverna ignorada
donde flui onda pura às Ninfas consagrada,
outro dia eu segui um som doce e queixoso
e ouvi esta canção de um Fauno luminoso:
"Como és injusto, Amor, ó tu, cega criança!
Ai! eu amo Nais; amo-a sem esperança.
Como ela me atormenta, Hilas lhe tira o juízo;
agrada Eco ao pastor, que voa para o olhar.
Eco se afasta e segue os passos de Narciso,
que não quer e o espelho da água vai beijar."
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Página publicada em maio de 2021
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